Dia: 18 de novembro de 2021

A Testosterona pode prevenir ou reverter o Diabetes do Tipo 2?

Não é novidade que homens com sobrepeso ou mesmo obesidade, frequentemente possuem níveis séricos de testosterona baixos. Associado a isso, sabemos que esse tipo de condição é um fator de risco para o desenvolvimento de Diabetes do Tipo 2.

 

A partir dessa relação, surgiu uma hipótese: indivíduos com alterações glicêmicas ou mesmo com diagnóstico recente de Diabetes Mellitus do Tipo 2, podem ser beneficiados com a utilização de testosterona exógena caso não apresentem hipogonadismo?

 

Foi isso que Bracken e colaboradores decidiram descobrir em seu estudo. O grupo de pesquisadores avaliou mais de mil homens, os quais apresentavam alterações glicêmicas no Teste Oral de Tolerância a Glicose (TOTG) ou então diagnóstico recente de Diabetes do tipo 2. Como critério de inclusão no estudo, os pesquisadores selecionaram entre outras variáveis, apenas homens com testosterona inferior a 403, mas que ainda não tivessem diagnóstico de hipogonadismo.

 

A ideia do estudo foi comparar se em dois anos, os homens que recebessem 1000mg de Undecanoato de testosterona a cada 12 semanas, por 2 anos, apresentariam menor chance de evoluir para diabetes em relação ao grupo que recebeu o placebo.

 

O resultado encontrado pelo grupo foi surpreendente! O grupo que recebeu testosterona teve maiores diminuições na glicemia em jejum, circunferência da cintura, percentual de gordura além de maiores aumentos na massa muscular, força de preensão manual e melhorias significativas no Índice Internacional de disfunção erétil.

 

Diante disso, uma nova arma pode entrar em nosso arsenal na prevenção de diabetes em homens com alterações glicêmicas no TOTG ou diagnóstico recente de Diabetes. Entretanto, vale ressaltar que mudanças na alimentação e prática de atividade física, permanecem como medida obrigatória para essa população.

Referências

Depressão e testosterona: O que sabemos até agora?

A depressão é considerada o mal do século XXI. Para se ter uma noção do problema, no Brasil, 54 em cada 1000 pessoas são diagnosticadas com depressão. Dessa forma, encontrar alternativas aos tratamentos clássicos com antidepressivos é fundamental.

Como já se sabe, a testosterona possui efeitos no humor, apetite e até mesmo comportamento. Correlacionado a isso, pacientes que apresentam hipogonadismo possuem sintomas que se sobrepõe aos da depressão.

Estudos recentes sugerem, inclusive, uma associação da administração de testosterona no aumento da liberação de serotonina pelos núcleos dorsais da rafe.

Um estudo publicado no Jama Psiquiatric, analisou 27 Ensaios clínicos randomizados controlados por placebo, incluindo 1890 homens. Seu objetivo foi avaliar a correlação da administração de testosterona no tratamento de depressão em pacientes do sexo masculino.

O resultado mostrou que o tratamento com testosterona está diretamente associado a uma redução significativa dos sintomas depressivos, especialmente em indivíduos hipogonadais. A melhora dos sintomas geralmente se tornava evidente de 2 a 3 semanas após início do uso da medicação.

Mas, os resultados foram além!
De forma supreendente, o estudo ainda concluiu um possível benefício da utilização de testosterona em pacientes eugonadais. Entretanto, nesses casos, foram necessárias dosagens suprafisiológicas, superiores a 500mg/semana para atingir um resultado significativo.

A partir disso, os autores do estudo concluíram que a utilização de testosterona pode contribuir na melhora clínica de pacientes com o quadro depressivo.

E você, já sabia do potencial da testosterona no tratamento da depressão? Comenta aqui o que achou do conteúdo!

Referências:
DOI: 10.1001/jamapsychiatry.2018.2734